domingo, 3 de julho de 2011

O MAIOR ESPETACULO DA TERRA


Na região denominada Costa das Baleias, formada pelos municípios de Prado, Caravelas, Alcobaça, Nova Viçosa e Mucuri, o Parque Nacional  Marinho dos Abrolhos é o palco principal para esta aventura inesquecível.











A chegada das baleias à costa baiana é esperada durante todo o ano. Em terra, estão os olhares apaixonados dos turistas e os olhares curiosos, mas não menos apaixonados, dos cientistas que buscam cada vez mais conhecer a espécie.


Nesse período, o litoral da Bahia, mais precisamente Caravelas, no extremo sul, e Praia do Forte, no norte, são áreas onde as jubartes acasalam e amamentam os filhotes.










Conhecida também como baleia corcunda, a baleia-jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera novaeangliae. Quando uma jubarte salta, rompendo a tranqüilidade das águas, é um espetáculo impressionante. Elevando seu corpo quase completamente fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade e alçar vôo. Neste momento suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento, poderiam ser comparáveis às asas de um pássaro.


Esta é a origem do nome Megaptera que em grego antigo significa “grandes asas”. Quem observa uma jubarte saltando fica fascinado com a beleza do espetáculo, mas com certeza ficaria ainda mais impressionado ao descobrir que aquele corpo que se projeta no ar pode pesar de 35 a 40 toneladas e medir cerca de 16 metros de comprimento.






Além da observação de baleias, a região possui várias opções de mergulho, com recifes de corais imensos e coloridos, cavernas submarinas e uma imensa variedade de peixes e outros animais marinhos, como diversos tipos de tartarugas.










O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos possui ainda uma sede administrativa na área urbana de Caravelas, local onde se encontra o Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinhos dos Abrolhos e onde é possível observar uma réplica em tamanho natural de uma baleia Jubarte. A visitação e o uso das instalações são totalmente gratuitos e o Centro conta com monitores para receber, acompanhar e informar os visitantes sobre o Parque e seus atrativos naturais, além das regras de conduta dentro da Unidade de Conservação, entre outros assuntos.






FONTE: Com informações do Instituto Baleia Jubarte

CAMINHOS DA BAHIA



Com uma costa de mais de 1150 km de extensão, a Bahia é o Estado brasileiro com o mais extenso litoral. Não é surpresa, por isso, que a Bahia seja um Estado com muitas praias. O que não deixa de ser surpreendente é que o Estado consiga consagrar várias de suas praias entre as mais conhecidas e visitadas do Brasil.
Turistas contumazes podem citar, afora as capitais, uma ou duas praias em Pernambuco (por exemplo, Porto de Galinhas, Praia dos Carneiros, Tamandaré), em Alagoas (Praia do Francês, Maragogi), Rio Grande do Norte (Pipa, São Miguel do Gostoso, Galinhos), Ceará (Jericoacoara, Canoa Quebrada), mas quando se trata da Bahia, entretanto, fica muito mais fácil mencionar um grande número de praias de alta popularidade: Porto Seguro, Ilhéus, Praia do Forte, Imbassaí, Boipeba, Abrolhos, Morro de São Paulo, Itacaré, Trancoso, Serra Grande e várias outras já foram matéria de diversas revistas de turismo.



E tanto quanto a quantidade, as praias da Bahia chamam atenção pela variedade. Algumas atraem pela beleza natural, outras pelas atividades marinhas, pelos grandes e luxuosos resorts, pelo valor histórico e arquitetônico, pelos esportes radicais, etc. Tantas são as praias que, para facilitar a orientação, o litoral foi dividido em trechos denominados Costas, que guardam entre si alguma semelhança.


O mapa abaixo mostra a divisão das Costas da Bahia.


Costa dos Coqueiros, a única que fica ao Norte da Capital, Salvador; praias: Imbassaí, Praia do Forte, Sauípe.



Baía de Todos os Santos: praias que ficam ao redor da capital. Muitos turistas visitam apenas a capital, e já se encantam com praias como Barra, Stella Maris, ilha de Itaparica.

 
Costa do Dendê: praias de Boipeba, Valença, Barra Grande.


Costa do Cacau: praias de Itacaré, Itabuna, Ilhéus.


Costa do Descobrimento: praias de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Belmonte, Arraial d’Ajuda, Trancoso.



Costa das Baleias: Corumbau, Barra do Cay, Cumuruxatiba, Tororão, Prado.






Informe-se sobre as praias, veja qual mais se adapta ao seu perfil, e venha visitar a Bahia.





FONTE: Do Blog Turismo em Salvador.


domingo, 12 de junho de 2011

OS DEVOTOS DO DIVINO VÃO ABRIR SUA MORADA





Os devotos do Divino  vão abrir sua morada

Pra bandeira do menino  ser bem-vinda,

ser louvada, ai, ai



Deus nos salve esse devoto  pela esmola em vosso nome

Dando água a quem tem sede,

dando pão a quem tem fome, ai, ai



A bandeira acredita  que a semente seja tanta

Que essa mesa seja farta,

que essa casa seja santa, ai, ai



Que o perdão seja sagrado,  que a fé seja infinita
Que o homem seja livre,

que a justiça sobreviva, ai, ai



Assim como os três reis magos  que seguiram a estrela guia

A bandeira segue em frente  atrás de melhores dias

No estandarte vai escrito  que ele voltará de novo

Que o rei será bendito  ele nascerá do povo


O Império do Divino


Originalmente, a Festa do Divino constituía-se do estabelecimento do Império do Divino, com palanques e coretos, onde se armava o assento do Imperador, uma criança ou adulto escolhido para presidir a festa, que gozava de poderes de rei. Tinha o direito, inclusive, de ordenar a libertação dos presos comuns, em certas localidades do Brasil e de Portugal.

Para arrecadar os recursos de organização da festa, fazia-se antecipadamente a Folia do Divino: grupos de cantadores visitavam as casas dos fiéis para pedir donativos e todo tipo de auxílio. Levavam com eles a Bandeira do Divino, ilustrada pela Pomba que simboliza o Espírito Santo e recebida com grande devoção em toda a parte. Essas Folias percorriam grandes regiões, se estendendo por semanas ou meses inteiros.

Para se ter uma idéia do prestígio da Festa do Divino no século 19, o folclorista Câmara Cascudo lembra que o título de "imperador do Brasil" foi escolhido em 1822, pelo ministro José Bonifácio, porque o povo estava mais habituado com o título de imperador (do Divino) do que com o nome de rei.


A História da Festa do Divino


A origem da Festa do Divino se encontra em Portugal do século 14, com uma celebração estabelecida pela rainha Isabel (1271-1336) por ocasião da construção da igreja do Espírito Santo, na cidade de Alenquer. A devoção se difundiu rapidamente e tornou-se uma das mais intensas e populares em Portugal.
Por isso, chegou ao Brasil com os primeiros povoadores. Há documentos que atestam a realização da festa do Divino em diversas localidades brasileiras desde os séculos 17 e 18.
É o caso de uma carta do capelão João de Morais Navarro a Rodrigues Cezar de Menezes, então governador da Capitania de São Paulo, datada de 19 de maio de 1723, que se iniciava com as seguintes palavras: "Indo ter à festa do Santíssimo Espírito Sancto a Vila de Jundiahy [...]" (em "Documentos Avulsos", publicação do Arquivo do Estado).








segunda-feira, 23 de maio de 2011

Brasil chique | Corumbau um segredo bem guardado

No extremo sul da Bahia existe um lugar lindo, feito de praias maravilhosas e de uma magia silenciosa. O acesso é difícil, o sossego absoluto, as paisagens surpreendentes e as temperaturas tropicais. Com uma vantagem: possui os melhores (e mais caros) hotéis do Brasil, a original Vila Naiá e a familiar Fazenda São Francisco. Bem-vindo a Corumbau, o último dos segredos

Este texto é dedicado a quem acha que já viu tudo.


É uma lição para quem continua a dizer que não gosta do Brasil. É uma boa-nova para todos os que andam à procura de um novo destino de férias. É a salvação de todos nós. Ou talvez não. Acho que estou enganada. Este texto é mesmo só para alguns. Os poucos privilegiados que têm abertura de espírito e orçamento disponível para chegar aqui. Corumbau não é para todos. Estes 15 quilómetros de praias de areia branca e mar azul de águas cristalinas são mesmo especiais. Uma pequena vila de pescadores, um pontão de areia que entra 500 metros pelo mar adentro, uma praia protegida por um longo recife de coral, falésias e coqueiros.
Está bem. Se prometer não contar, eu revelo mais uns quantos segredos sobre este lugar. Em idioma Pataxó, Corumbau quer dizer “longe de tudo” ou “longe de todas as preocupações”. Uma ideia que permanece válida por, mesmo hoje, não ser fácil chegar aqui. É preciso aterrar em Porto Seguro e depois fazer cerca de duas horas de viagem de jipe até Caraíva, onde se apanha uma escuna que demora mais uma hora até chegar a Ponta do Corumbau, um vilarejo de pescadores assim chamado por causa de uma península de areia de forma triangular que entra pelo mar. Pelo caminho ficam Arraial d’Ajuda, Trancoso, a praia do Espelho e paisagens de rara beleza como um vale cheio de búfalos a pastar. Há outras formas de aqui chegar. Nem sempre fáceis ou económicas. Mas a vantagem da travessia de escuna é que ela percorre a costa e todo o caminho feito pela armada portuguesa em 1500, sempre na companhia do Monte Pascoal, que, para quem não sabe, marca o primeiro avistamento de terra por Pedro Álvares Cabral. E prepara-nos para Corumbau.

O embalo do mar dá-nos o ritmo, o sol amolece-nos e a praia convida-nos a ficar aqui para sempre



Quando chegamos, todas as horas de avião, a pernoita em Porto Seguro e os restantes solavancos da viagem já estão esquecidos. O embalo deste mar muito azul dá-nos o ritmo, o sol amolece-nos e a grande extensão de areia que está à nossa frente convida-nos a ficar aqui para sempre. E ainda nem desembarcámos...



A Mata Atlântica pode ser vista a partir da praia e divide a atenção com o rio Corumbau, bom para andar de caiaque. O recife dos Pataxós é um dos principais passeios aconselhados, assim como visita à aldeia indígena. Na vila propriamente dita, além do tal pontão de areia (o cartão postal da região), do Farol da Marinha cercado por amendoeiras e de dois ou três barzinhos, nada mais existe. Mentira. Há algumas pousadas em conta para albergar quem não quer perder Corumbau por nada, mas o que faz dele um destino verdadeiramente fora do normal é a existência de três hotéis de altíssimo luxo neste lugar perdido no mundo: Vila Naiá, Tauana e São Francisco de Corumbau. São hotspots de uma elite brasileira e internacional, uma tribo de turistas exigente que roda o mundo à procura de segredos bem guardados.










Passeio de canoa, o deck de madeira do Tauana e a sua cozinheira; o Monte Pascoal, o chef da Vila Naiá e a estrada para a vila; índio Pataxó, a praia do Corumbau e uma das jovens funcionárias da Fazenda São Francisco


Curiosamente, o Brasil, que para os portugueses parecia não ter segredos, ainda guarda locais especiais. Fora das brochuras turísticas e das viagens em pacote. E Corumbau é um desses locais de culto, uma espécie de clube privado que só alguns conhecem. A fórmula secreta está na junção de um cenário de beleza natural intocado, deserto e de difícil acesso com um alojamento onde o design, o bom gosto e a qualidade estão acima das expectativas. Não consigo explicar, mas sei que não me apetece passar férias em qualquer outro lugar no mundo. Afinal, Corumbau é só para mim.






Torre de vigia da Vila Naiá, com área para massagem e prática de yoga, pilates e meditação;a caminhar pela Ponta do Corumbau






Vila Naiá

A escuna pára em frente a uma estreita e comprida língua de areia. Há alguma vegetação rasteira, coqueiros, dois toldos de madeira muito rústicos e um mar de um azul impossível. Nada mais. A praia está deserta. Um bote de borracha deixa-nos em terra, e eu sinto-me como um Robison Crusoe dos tempos modernos. Tenho um sorriso estampado na cara. Este lugar não existe.

Em instantes surgem três jovens vestidos de forma original, com túnicas estampadas e calções que lhes conferem um certo exotismo oriental. Pegam nas malas e, com um sorriso de orelha a orelha, dão-nos as boas-vindas. Damos meia dúzia de passos, atravessamos uma estrada de terra batida e voltamos a colocar o pé na areia branca para contornar uma paliçada construída em “S”. Um letreiro em madeira indica: Vila Naiá – Paralelo 17. É mesmo aqui.

A entrada faz-se por uma longa passadeira de madeira ao ar livre. E é por estas passadeiras que acedemos a todos os ambientes do hotel, verdadeiros corredores ao ar livre, onde as paredes dão lugar à brisa que corre do mar e a decoração fica por conta da vegetação natural da região. Inaugurado em 2004, o Vila Naiá é um projecto idealizado por Renata Mellão, a proprietária, e projectado pelo arquitecto Renato Marques, aliando a simplicidade rústica de Corumbau ao requinte de um resort de luxo.


Só que, como o nome sugere, a sua intenção é reproduzir o ambiente e o charme rústico de uma vila de pescadores, onde nem faltam galos e galinhas. Desde os tempos em que apenas funcionava como casa de férias passaram 12 anos, e hoje o resultado é magnífico.
É claro que precisa deixar para trás o conceito tradicional de um hotel ou de uma pousada. O Vila Naiá está inserido numa propriedade de 50 mil metros quadrados, mas dois terços do terreno são uma Reserva Particular do Património Natural (RPPN), protegida por uma mata de restinga e coqueiros. À semelhança dos corredores a céu aberto, tudo neste projecto foi pensado de forma a minimizar potenciais interferências no ecossistema e na paisagem. Apenas se recorre a fontes renováveis de energia (eólica e solar), e as cabanas onde estão os quartos e os espaços comuns foram construídas com técnicas da comunidade local de pescadores, utilizando madeiras como a peroba do campo e telhados feitos com taubilhas de aderno.


Na vila Naiá vive-se uma sofisticação rústica, entre uma caipirinha e o cantar madrugador do galo de serviço



E quando parece que estamos apenas a falar de um ecoresort como tantos outros, vem

a surpresa... O Vila Naiá possui uma sofisticação e um bom gosto especiais, em que rústico e luxuoso parecem faces da mesma moeda (não será por acaso que serve frequentemente de cenário a produções de moda internacionais). Renata pensou todos os detalhes: junto à piscina há uma torre de vigia com sala de massagem e prática de yoga, Pilates e meditação com vista para um cenário feito de mar e mata; um lounge com chão de mármore, redes e “paredes” de tela que permitem a ventilação natural e protegem de insectos, com bar, internet wireless e TV por cabo (a única); o tal uniforme exótico dos funcionários tem assinatura de Rita Wainer e de mais três estilistas amigos que aqui passaram um fim-de-semana; o café da manhã, o almoço e o jantar (servidos a qualquer hora e local) são deliciosos e privilegiam sempre os ingredientes da horta orgânica; a adega é surpreende e abastecida pela Enoteca Fasano; e toda a equipa, do prestável gerente Zêni ao cozinheiro José, é natural de Corumbau e possui um profissionalismo exímio.
 


 

















Zona lounge ao ar livre; a escuna chega à praia e a suite rosa da Vila Naiá; a sala de refeições num estilo vintage; rede no alpendre de uma das rústicas cabanas; sumo de melancia e casa de banho de uma suite





Depois, quem vê as cabanas de madeira por fora mal pode imaginar o que o espera por dentro. As quatro casas independentes (50 metros quadrados, com sala e cozinha) e as quatro suites (cada qual com sua cor e ambiente) conjugam o rústico, o vintage (destaque para o estilo anos 70 da sala de jantar) e o conforto moderno de uma forma única. Aqui nada falta, mas a civilização como a conhecemos parece ter ficado definitivamente do outro lado do mundo. Vive-se uma sofisticação selvagem, entre uma caipirinha, um carpaccio e o cantar madrugador do galo de serviço, e em reverência à praia do Corumbau. Tão deserta que, se quiser ver gente na praia, tem de levar uns amigos. Caso contrário, vai ficar com um mar à temperatura de uma sopa só mesmo para si. Como companhia, uma Lua de feiticeira e o som do silêncio.


Fazenda São Francisco

Estamos de regresso a Ponta do Corumbau, ao nível da água, às origens mais tradicionais da região e a uma antiga fazenda que foi a pioneira na descoberta deste paraíso perdido no Sul da Bahia. Convencional no estilo e profissionalíssima no serviço, é como uma grande casa de família... com direito a dois quilómetros de praia privativa.




Há cerca de 15 anos que a Fazenda São Francisco de Corumbau funciona como pousada, mas ganhou um carácter especial desde que Silvia e Marcelo decidiram transformá-la no seu paraíso, entregando a remodelação ao arquitecto Roberto Migoto.




De cara lavada e com uma decoração colorida marcada pelo encarnado das paredes, o florido dos almofadões que se espalham pelos sofás da sala de estar (onde não faltam livros, revistas, uma grande televisão, DVD e aparelhagem de som), quadros de tons fortes e um alpendre repleto de confortáveis sofás de palhinha, possui um certo look colonial que se estende ao restaurante – um dos pontos altos deste pequeno hotel.



É que, apesar de ter apenas oito quartos dispersos por seis bungalows de frente para o mar (com cerca de 150 metros quadrados, ar condicionado, frigobar e varandas), a que acrescem duas suites no edifício principal, a Fazenda São Francisco de Corumbau dá particular atenção à gastronomia. Sob a batuta do chef Teco, garante ementas de qualidade internacional que fazem crescer água na boca a cada refeição e um serviço sempre prestável e de uma simpatia muito genuína.





A piscina e a lareira ao ar livre fomentam as brincadeiras dos mais novos e as conversas pela noite fora



O que pode diferenciar este hotel dos seus vizinhos? O ambiente talvez mais familiar, que recebe de braços abertos casais enamorados, grupos de amigos, mas também grandes famílias com crianças. Talvez por isso a grande piscina e a lareira ao ar livre tenham aqui uma importância acrescida, pois fomentam as brincadeiras entre os mais pequenos e as conversas pela noite fora e sob o céu estrelado. De resto, os gerentes da fazenda, o casal Marina e Gafa, não deixam nada ao acaso e garantem o profissionalismo e a concretização de todos os pedidos dos seus hóspedes.






















Bungalow de luxo da Fazenda São Francisco, o manguezal e a escuna do hotel; a lareira

e a piscina; um dos quartos, o farol do Corumbau e a filha dos proprietários





Depois é tudo uma questão de optar entre uma caminhada pelos lindíssimos (e misteriosos) manguezais da fazenda, fazer um passeio na charmosa escuna São Francisco, pedalar pela estrada ou ficar largado todo o dia nas espreguiçadeiras da praia, enquanto milagrosamente alguém adivinha que uma água de coco vem mesmo a calhar. Em alternativa, ou para acabar o dia em beleza, nada como um passeio até à vila, mais concretamente à ponta de areia de Corumbau para, sob a luz do luar – fortíssima nestas latitudes – e aproveitando a maré baixa, entrar literalmente mar adentro... E agora que já conhece o meu segredo, espero que esqueça tudo e nunca invada a minha praia.



Guia Prático

COMO IR

O aeroporto internacional mais próximo de Corumbau é Porto Seguro. Não existem voos regulares directos de Portugal para esta cidade baiana, apenas voos charter. Como os hotéis mencionados não fazem parte dos pacotes comercializados pelas grandes agências, o ideal será recorrer a um voo regular da TAP (www.flytap.com) para S. Paulo, Belo Horizonte ou São Salvador, de onde poderá apanhar uma ligação da TAM para Porto Seguro por tarifas totais a partir de €1031 (taxas incluídas).

Será necessário contar com uma noite extra em Porto Seguro ou Salvador para no dia seguinte seguir viagem.






De Porto Seguro, pode seguir por estrada (220 km e cerca de quatro horas de viagem, indo do aeroporto de Porto Seguro à BR 101, descendo até Itamaraju, passando por Guarani e com os últimos 60 km numa estrada de terra) ou via Caraíva, a nossa alternativa, de jipe e depois na escuna da Fazenda São Francisco (cerca de três horas). Também pode utilizar uma avioneta ou um helicópetro (20 minutos de viagem por €480/5 pessoas).



Informações úteis

Indicativos: 00 55 73

Diferença horária: menos quatro horas do que em Portugal Continental





Quando ir

Não há uma época “seca”. As chuvas são distribuídas ao longo do ano, com picos em Abril, Julho e Outubro. Tenha em atenção que o Sul da Bahia está sujeito a frentes frias vindas de sul/sudeste.

Ou seja: é preciso ter sorte. Leve sempre um bom livro e boa companhia. Entre o Natal e o Réveillon os preços disparam e os hotéis ficam cheios, bem como as raras pousadas e casas para alugar.

Do Carnaval até Dezembro, Corumbau fica só para si. Maio e Junho são meses mais frios, e alguns hotéis aproveitam para fechar.



Corumbau

Pequena descrição

No extremo Sul da Bahia, depois de Trancoso e antes de chegar a Prado, a Ponta do Corumbau é uma pequena península que abriga na extremidade uma aldeia de pescadores. Na maré baixa, o banco de areia emerge, fazendo a ponta avançar um pouco mais para dentro do mar e formando piscinas naturais de água transparente.



Aqui não há nada que fazer além de andar na praia, mergulhar, andar de caiaque no rio, montar a cavalo ou ficar quieto, a aproveitar o sol.



Onde ficar

Existem algumas pousadas muito simples e em conta, mas o verdadeiro sucesso de umas férias em Corumbau passa por gastar todo o orçamento num dos três hotéis mais exclusivos do Brasil, atraídos para aqui pela baixíssima densidade demográfica destas areias. Semelhantes nos preços e na exclusividade, possuem estilos diferentes que se completam, funcionando numa concorrência saudável – como as alternativas à pensão completa nestes três hotéis de luxo é escassa, fazer uma visita gourmet a todos é uma opção a considerar.



VILA NAIÁ

Situado numa área de preservação ecológica com 50 mil m2 (existe um trilho interpretativo da restiga, ecossistema da Mata Atlântica na propriedade), o Vila Naiá é um hotel original, simulando o ambiente de uma vila de pescadores. Tem capacidade para apenas 18 pessoas nas quatro casas de madeira (com sala e cozinha) e nas quatro suites (integradas num único pavilhão de madeira) com decoração vintage, de gosto cosmopolita. Dispõe de piscina, área para massagens e espaço para yoga e Pilates, um salão com videoteca e uma cozinha de qualidade, que oferece dois pratos à escolha a cada refeição. A praia fica a dois passos. Ideal para quem gosta de um estico rústico-chique e de contacto com a natureza.



SÃO FRANCISCO DE CORUMBAU

Esta antiga fazenda produtora de coco é a mais familiar e convencional das opções e também a mais próxima da vila. Com quatro bungalows independentes e seis suites de luxo equipados com ar condicionado, frigobar, leitor de CD e varandas, possui piscina, sala de TV e um restaurante de cozinha internacional, apesar do destaque para os pratos regionais, que muitos dizem ser o melhor de Corumbau.







PASSEIOS EM CORUMBAU

Ponta do Corumbau – caminhada em noite de Lua cheia pelos 2 km de praia deserta até ao pontão de areia que entra mar adentro durante a maré baixa.

Barra Velha, aldeia dos índios Pataxó – Passeio de buggy para conhecer a comunidade Pataxó e seu artesanato em sementes, madeira e penas.

Subir ou descer o rio Corumbau de barco/canoa – Caminhada ecológica e passeio por águas calmas, por entreo mangue.

Barra do Cahy – Passeio de barco ou carro até ao Sul da Bahia (12 km a sul de Corumbau) para ver o lugar onde Pedro Álvares Cabral terá tentado aportar (sem sucesso) pela primeira vez. Repleto de falésias e junto à foz de um rio, é um local muito bonito.

Recife Mato Grosso – passeio de barco até ao recife onde é possível mergulhar, ver os peixes e nadar nas piscinas naturais

Monte Pascoal – a elevação que terá levado os portugueses a dizer “Terra à vista!”. Trajecto de carro e depois caminhada de meio dia com guia indígena pela Reserva Natural.

domingo, 24 de abril de 2011

HOMENAGEM A SÃO BENEDITO

Em muitas cozinhas brasileiras não falta a imagem do santo.
 Patrono de todas as cozinheiras e cozinheiros.

                                      Na minha cozinha São Benedito também está sempre presente.  Acredito que São Benedito olha por nós e por nossos empregados em nossa cozinha e abençoa os nossos alimentos.
                                    Mas a homenagem mais bonita que já vi a SÃO BENEDITO, veio do RESTAURANTE BANANA DA TERRA em Prado que em forma de poema exalta uma tradicional receita pradense  sempre servida no dia do santo padroeiro.
                                           
CREME DE SÃO BENEDITO


Agradeço a São Benedito tão gostosa tradição:
Um prato bom e bonito, o bobó de fruta-pão.



Se não me falha a memória, o famoso fruta-pão,
É arvore da pré-história, e não esta em extinção.
Mas vamos lá a receita, e vejam bem como eu faço,
Pra ficar boa e bem feita, corte o fruta-pão em pedaço.


E se você não é tolo, veja lá se não esquece.
 Lava bem, tire o miolo.
Senão a fruta escurece.
Numa panela coloque água e sal sem exagero, 
mas pra dar aquele toque, junte parte do tempero.


 
Essa receita é um deleite, é baiana, como se vê.
Portanto coloque leite de côco, sal e dendê.



Cebola, pimentão, tomate, picadinho, não inteiro!
Bote no liquidificador e bate, junte a pimenta de cheiro.




 











 












Camarão VG para enfeitar, filezinho de camarão.
3 minutos para cozinhar,


 Junte o caldo ao fruta-pão tudo pronto, sirva quente!

O creme está bem macio.
Agora experimente: Falta o azeite um fio!

É baiana a tradição, gostar de tudo que esquenta.
 Portanto,não erre a mão: Carregue bem na pimenta!





Está mais gostoso do que nunca! Agora a decoração:
 Bote o creme na cumbuca e por cima, o camarão.


 
Aos demais ingredientes, junte o orgulho e pense:
Essa receita tão quente é baiana e pradense.



Poema escrito por: Beatriz Monjardim Faria Santos Rabelo