domingo, 24 de abril de 2011

02 FEVEIRO - NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO

Depois de conviverem durante nove dias, com a Alvorada, sendo acordados sempre ás 5h30min ao som da Filarmônica Lira Pradense e dos fogos, os católicos de Prado comemoram em grande estilo o dia da festa, com celebração alusiva a Padroeira da cidade.
Os festejos em homenagem á padroeira surgiram quando os primeiros missionários chegaram ao município de Prado. Eles ouviram falar de uma aparição da Santa, que teria sido avistada pelos marujos quando pescavam em alto mar, e decidiram homenagear a Santa, escolhendo o dia 02 de fevereiro para a celebração.
O Alvará Régio de 20 de outubro de 1795 mudou o nome da aldeia que os aimorés chamavam de Vila do Jucuruçu, às margens desse rio, para Freguesia de Nossa Senhora da Purificação do Prado.
Desde então, Padroeira da Paróquia e da cidade de Prado, é a lembrança cristã daquele momento da lei mosaica em que Maria, após dar à luz seu filho Jesus, voltava ao templo e era declarada pura pelo sacerdote ao aceitar sua oferenda.
Jesus e sua mãe não estavam sujeitos a essa lei, mas obedientes a ela e pobres que eram, ofereceram dois filhotes de pombo, que são o símbolo da Paróquia de Nossa Senhora da Purificação e que comemora o fato em 2 de fevereiro de cada ano.




Tradicionalmente, religião, folclore e alegria popular se congregam em um dia inteiro de festejos.
Missa solene na Matriz, pela manhã; à tarde, depois da chegada das embaixadas dos "Mouros e Cristãos", forma-se magnífica procissão que percorre a cidade carregando em triunfo a imagem da Padroeira, Nossa Senhora da Purificação.


Por ordem régia se deveria criar uma nova vila no sítio próximo ao rio Jucuruçu. Para atrair um maior número de moradores foi feita a Thomé Couceiro de Abreu, ouvidor da Capitania de Porto Seguro, a sugestão de colocar ali um padre. Os habitantes poderiam, assim, cumprir os seus deveres de católicos. O fato é descrito em uma carta a El – Rey:
...Eu deixei recomendado ao Chanceller da Bahia, que encaminhasse para esta Capitania os degradados que não fossem por ladroens; porem se lhe viesse Avizo de S.M. e para o Rio de Janeiro se recomendasse o mesmo, mas util seria; se bem que o Capitão-mor das Conquistas e o Provador do Rio Tanhem me affirmarão, que posto no Rio do Jocurucu algum clerigo concorrerião para aquelle sitio muitas gentes de toda a parte a aproveitar-se da bondade e largueza de suas terras.
Em ofício datado de dois de janeiro de 1764, Couceiro de Abreu requereu as providências necessárias, que o bispo do Rio de Janeiro prontamente atendeu, criando-se pela portaria de oito de maio de 1764, a nova vigararia, sob a invocação da Virgem Nossa Senhora e cometendo ao padre João Alvares de Barros a sua paroquiação anual.
A igreja de N. S. da Purificação foi feita freguesia em 20 de outubro de 1795. Os primeiros portugueses, entre eles, Ignácio Marcial, haviam trazido para vigário da freguesia o Padre José Lopes Ferreira.
Até o século XIX a igreja era de taipa. Em 1853 José de Araujo Veiga lega 700$000 para construção do retábulo. O resto da obra seria por subscrição entre fieis. Como estava, nesta época, sem pároco, encarregou-se da obra um comerciante conceituado na vila chamado Antônio Dias Marcial.

Em 1876, em resposta a um ofício do governo da Província, a câmara do Prado coloca, entre outras necessidades urgentes, a construção da igreja matriz.

 

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